quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Mornaquia disfarçada


Demorei, mas não desisti do meu blog. Em muito pensar e meditar livremente conclui que nosso Poder Judiciário é uma Monarquia disfarçada, ou ainda, um resquício da monarquia oficial e engraçadinha que tivemos no Brasil. Se não, vejamos: A começar pelos apelidinhos que se dão aos tribunais por aí, Corte Eleitoral, Suprema Corte, corte disso e daquilo outro. Corte? Será coincidência? Um termo tão monárquico ainda tão vivo assim. Ai, ai. O pior que são cortes mesmo, principalmente os tribunais superiores. Seus integrantes casam-se e se dão em casamento com pessoas, curiosamente, de outras cortes judiciárias, ou do meio. Filhos de ministros casam-se com filhas de outros ministros ou de desembargadores ou de juízes federais, dependendo de quem filho seja. Que coisa hein? Tenho até medo de falar dessas coisas, só quem conhece o judiciário por dentro sabe como funciona. O medinho que dá estar na presença de um ministro de tribunal é real, posso falar porque já passei por ele. È o mesmo que estar na frente de um monarca que tem o poder de, só porque está “a fim”, manda te exonerar. Há, lá nessas cortes, rituais sinistros como os da monarquia. Os monarcas disfarçados quando reunidos em “corte” se vestem com uma capona preta do homem morcego, ao ingressarem no plenário, uma campainha metálica, como aquela que indica o fim dos round no boxe toca, todos os plebeus presentes se levantam, os morcegões entram e se acomodam em seus troninhos, e então todos se sentam. Começam então a discutir assuntos diversos, sendo que 87,36% do que falam não faz sentido nenhum para um engenheiro. Quem não acredita, assista TVJustiça. Continuo, para quem não se convenceu da minha tese. Os caras têm cargos vitalícios, ou seja, em termos práticos, estão garantidos até os 70 anos de idade no emprego, quando são obrigados a aposentarem, mantendo seus status de ministro e continuando respeitados e temidos ao visitarem seus tribunais de origem. Mandam e desmandam, predem e soltam. Sabiam que quando um ministro do STF morre, aposentado ou não, é velado no Palácio do Supremo Tribunal Federal? Ficou com medo também? Se ficou viu que não sou tão doido assim.